X1 x Várzea: Entenda a diferença na vida dos jogadores

Com a ascensão do X1, muitos jogadores já estão optando pela modalidade em detrimento da várzea. É claro que o maior investimento e o retorno financeiro foi o principal ponto de prospecção dos atletas. Além disso, a estrutura dada aos jogadores também pesa na decisão de “abandonar” os campos de barro. Os times oferecem tudo que é necessário para melhorar a performance: academia, acompanhamento nutricional, alimentação, fisioterapia, moradia e salário, às vezes, com contrato de um ou dois anos.

Daniel Coringa e Goleiro Jhony em X1 x Várzea. (Imagem: Designer Marcos Vinícius)
Daniel Coringa e Goleiro Jhony em X1 x Várzea. (Imagem: Designer Marcos Vinícius)

No futebol de várzea, não existe igualdade no pagamento dos atletas. Inclusive, nem todos recebem um salário, apenas os destaques de cada time. Às vezes, ganham até R$ 50 e R$ 100 por jogo. Eles ainda precisam dividir a prática esportiva com outros trabalhos, como por exemplo, motorista de aplicativo e feirante.

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Atualmente, grandes nomes do X1 começaram a história no mundo da bola no “terrão”. Entre eles, Ceará, o C10, o Rei da Várzea, que é um dos integrantes do time do Desafio Um pra Um. Além dele, a equipe ainda conta com Mané, outro nome que era destaque nos campos de barro. 

Na equipe da Betesporte, ainda tem Cinho e Michel. Ambos se tornaram estrelas no futebol de várzea de Pernambuco e hoje focam apenas no X1. 

Na modalidade, ainda tem jogadores que surgiram na várzea, passaram pelo futebol profissional e estão entre os principais atletas de X1. Entre eles: Vassoura (Desafio Um pra Um) e Daniel Coringa (Betesporte). 

Outro quesito que atrai todos esses jogadores para o X1 é o planejamento a longo prazo dos times e também além das quatro linhas. Os jogadores do Desafio Um pra Um, por exemplo, sabem que são exemplos para os jovens que sonham com uma carreira promissora.

Nos times de várzea, os jogadores não possuem um compromisso para treinos e relação com os companheiros de time. Em muitos casos, eles se encontram apenas nos dias de jogos. Assim, como são muitos campeonatos, a rodagem de atletas nos clubes é grande.

Se o cenário continuar desse jeito, a várzea deixará de ser o celeiro de grandes craques do futebol profissional. E, claro, perderá o espaço para o X1 com o passar do tempo. 

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