Árbitros ganham visibilidade com ascensão do X1

Os árbitros não ficaram de fora da transformação do X1 no mundo da bola. Antes escanteados no futebol de campo, além da várzea, os juízes passaram a ganhar visibilidade e ainda foram valorizados com a ascensão da modalidade. Apesar disso, não acabou a pressão em cima dos profissionais para não existir erros nas partidas parte das torcidas. 

Árbitros ganham visibilidade com ascensão do X1
Árbitros ganham visibilidade com ascensão do X1 (Imagem: Marcos Vinícius / Desafio Um Pra Um)

“A grande questão do X1 é que, como a modalidade é nova e cresceu muito rápido, nós árbitros também temos um espaço de maior visibilidade. E, assim, podemos mostrar o nosso trabalho. No meu caso, já vinha do futebol de várzea”, afirmou o experiente árbitro Davilas Avelino, de 55 anos.

“O X1 mudou bastante as nossas vidas. Não tínhamos visibilidade, até mesmo porque no futebol de campo não pode. Então, a modalidade nos trouxe essa visibilidade e, assim, o nosso trabalho também é valorizado”, acrescentou o jovem juiz Renato Milton, de 26 anos, mais conhecido como “Shortinho Gostoso”

Aos 26 anos, Renato conseguiu dividir o protagonismo da arbitragem do X1 com o experiente Davilas Avelino. Além do trabalho em campo, ele terminou viralizando na modalidade pelo apelido que “caiu na boca do povo” após adesão do influenciador digital e narrador Ney Silva.

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“Nunca me incomodou. Terminou virando um folclore, mas nunca foi um problema. Até torcida organizada surgiu para mim”, brincou Renato ‘Shortinho Gostoso’.

Pressão e erro

Independente da modalidade, o árbitro de futebol não tem vida fácil. No X1, só existe um profissional para comandar a partida. Assim, os profissionais ficam mais vulneráveis ao erro e viram os principais alvos das críticas.

Em entrevista exclusiva ao Desafio Um pra Um, Davilas e Renato não esconderam o incômodo quando existe uma falha e ressaltaram a dedicação para aprimorar cada vez mais o trabalho em campo.

“Me cobro bastante quanto a isso. Faço de tudo para minimizar os erros na partida. Não conseguimos ser 100% sempre. Tentamos minimizar ao máximo para não interferir no resultado do jogo. Se eu cometer um erro, passo cerca de uma semana para digerir, até noite de sono eu perco”, comentou Davilas.

“Sei que existem muitas coisas envolvidas em um jogo de X1, mas a pessoa que mais fica triste e revoltada com o erro é o árbitro. É um humano que está apitando. Quando acontece, tem que entender o que aconteceu no erro e trabalhar para não acontecer mais. Precisamos sempre evoluir, melhorar”, completou Renato.

Preparação

Antes dos jogos de X1, Davilas e Renato revelaram que costumam realizar uma rigorosa preparação para os jogos. O cuidado com o condicionamento físico, a preparação mental e o estudo dos atletas são quesitos fundamentais nas rotinas dos árbitros.

“Temos que nos preparar, de fato, como um atleta. O jogo exige muito da gente na parte física, além da questão mental. Também procuro buscar informações sobre os atletas, características e avaliação de como poderá ser a partida”, pontuou Renato.

“Meu foco é total na partida. Procuro fazer uma grande preparação antes do jogo, sendo ela física, mental e ainda de estudo dos jogadores. A torcida pode gritar fora quanto for, mas o meu foco está total no campo, falando com os jogadores e administrando a partida para existir o respeito entre os atletas”, acrescentou Davilas.

1 comentário em “Árbitros ganham visibilidade com ascensão do X1”

  1. Dávilas Avelino

    Grato pelo carinho e reconhecimento, como tbm, qrer apresentar nosso lado obscuro em relação ao público q só vêem a preparação das equipes e jogadores e que nós não passamos de um simples bode expiatório para camuflar o fracasso em campo de seus pupilos. Muito obrigado!!!
    Dávilas Avelino-Árb X1/X2

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