A vitória de Daniel Coringa sobre L7 no início desta semana entrou para a história do X1. Em um jogo com dez gols, o Coringa esbanjou qualidade com o repertório diversificado em campo e mostrou o porquê é considerado o melhor jogador da modalidade. Porém, o sucesso não foi conquistado de “graça”. Em entrevista exclusiva ao site do Desafio Um pra Um, o técnico Thiaguinho Oliveira abriu o jogo sobre a preparação de Daniel para o grande duelo da temporada e também sobre a rotina do principal atleta da Betesporte.
Professor Thiaguinho comanda um dos poderosos times do X1. Antes, ele era treinador da Apostador. Lá, trabalhou com Daniel Coringa e começou o processo de transformação do jogador, que estava dedicado ao futevôlei. O cenário começou a mudar quando o Coringa conseguiu bater o experiente Vassoura, na época, o principal jogador da modalidade.
“De fato, a gente se preparou muito e de uma forma diferente. Sabíamos da grandeza do espetáculo, sabíamos da grande do jogo, sabíamos da grandeza do adversário, sabíamos da grandeza da equipe. L7 já me derrotou três vezes, duas no Rio de Janeiro e uma aqui no Desafio Um pra Um. Realmente, foi o maior jogo do X1. Fomos com uma expectativa de final de Copa do Mundo”, afirmou Thiaguinho.
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“Daniel ganhou o cinturão mundial, L7 também. Treinamos com mais gana, treinamos de uma forma diferente e tivemos uma concentração maior. Se não tiver 100%, não sai o algo mais, feito o Coringa teve nesse jogo contra L7. Ele fez três gols nos últimos minutos”, completou.
No jogo contra L7, Daniel Coringa fez três gols nos últimos três minutos de jogo. Na visão do Professor Thiaguinho, fruto da força mental do jogador. O treinador frisou que o preparo psicológico é primordial para o atleta de X1.
“É corpo, alma e espírito. Não adianta estar com o corpo bom e a mente longe. O jogo de X1 envolve dinheiro, envolve aposta. Tem muitos jogadores que são leões de treino, mas, na hora do jogo, não conseguem repetir a performance. Só que Daniel foi criado no fogo, vem do futevôlei, apostas altas, e tem uma mentalidade adaptada”, disse.
“Daniel consegue reagir muito bem nas situações adversas. O maior exemplo foi esse jogo. L7 fez 3×1, Daniel diminuiu. Voltou para o segundo tempo, ele empatou. Faltando cinco minutos, L7 fez 4×3. Nos últimos três minutos, o Coringa fez três gols”, acrescentou o técnico da Betesporte.
Próximo adversário
Após bater L7, Daniel Coringa não teve muito tempo para comemorar e descansar. Ele já tem o próximo adversário definido. Por sinal, um duelo que já estava “cantado” desde o ano passado. No próximo dia 20 de março, o “Coringa Louco” enfrenta Kaká, da Apostador, valendo R$ 400 mil.
De acordo com o Professor Thiaguinho, após o jogo contra Kaká, Daniel deverá atingir o ápice de performance. Após se recuperar da lesão no fim do ano passado, ele já encarou Gegê (2x) e L7.
“A gente faz a preparação, mas o ritmo de jogo só pega nos jogos. Acredito que, depois da partida contra Kaká, ele estará em 100% da forma. A expectativa para esse jogo é das melhores. Estamos preparados e sabemos da dificuldade. Ótimo adversário, ótima equipe. Cada vez mais, a cada adversário, vai ficando mais difícil”, comentou Thiaguinho.
Recado para os iniciantes
Professor Thiaguinho é um dos pioneiros do X1 e, principalmente, na função de treinador da modalidade. Questionado sobre o recado que passa para os jogadores que desejam iniciar a carreira na modalidade, o treinador da Betesporte foi sincero.
“Eu acredito em processos. Quem vê a gente hoje, eu e Daniel, não sabe o que passamos lá atrás. Começamos a treinar no início da pandemia. Estava tudo fechado, mas fazíamos nossos treinos nas praças, em local aberto. Quando tudo conspirava contra, a gente estava trabalhando, passando pelo processo. O êxito vem no decorrer da caminhada. Às vezes, acontecem algumas derrotas. Mas não pode desistir do processo. É preciso perseverar”, ressaltou.
“Tem coisas que são determinantes na caminhada, na conquista das vitórias. Entre elas: a honestidade, integridade, lealdade. Todos vão treinar, mas só um ganha e esse que ganha tem um ingrediente a mais. Ame as pessoas, leve a sério a modalidade. Se quiser mudar de vida, o X1 pode ser um caminho. Mas não vai ser fácil. Hoje, tem dois ou três jogadores que ganham mais que atletas que disputam a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol”, concluiu.