Jefferson Santos Pereira, mais conhecido como Deco, de 25 anos, é dono de uma história de superação por meio do X1. Natural da cidade de Olinda, onde nasceu e viveu no bairro do Passarinho, ele precisou conhecer o lado ruim da vida para valorizar as coisas boas. Como quase todo garoto de origem humilde, tinha o sonho de ser jogador de futebol para melhorar a condição de vida e também poder ajudar a família.
“Meu bairro por um bom tempo foi bastante perigoso. Vi muitas coisas pesadas onde eu morava. O que me fazia feliz era poder jogar bola. Sempre fui apaixonado por futebol. Era o que me mantinha motivado. Todo mundo onde eu morava observava um talento em mim. Comecei a jogar na várzea e escolinhas da comunidade até que chegou a oportunidade de jogar profissionalmente no Serra Talhada”, lembrou Deco.
“Só que o salário não era tão alto e eu precisava ajudar a minha família. Em 2017, voltei para Olinda e fui pego pela fraqueza de querer o dinheiro mais rápido. Foi quando eu conheci o tráfico. Fui pego pela inocência ao ver o dinheiro girando alto na minha frente. Me acomodei e foi então que chegou o maior baque da minha vida. Fui preso e passei quatro anos no presídio”, completou.
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Deco não escondeu que essa foi a maior lição da vida. Lá, recluso, aprendeu que o caminho mais fácil nem sempre é o correto na vida. De maneira dura, teve a certeza que fez a escolha errada. Mas, para isso, precisou sentir na pele.
“Lá dentro, vi que tudo que estava vivendo era uma fantasia. O dinheiro que ganhava com o tráfico, por mais que fosse fácil, era uma fantasia. Não enchia a minha alma de felicidade. Foi um momento muito complicado para mim. Vivenciei várias coisas pesadas e aterrorizantes. Foram anos de muitos pesadelos, mas sabedoria também. Arrependido, tive que aprender a lidar com o sofrimento e a dificuldade. Apesar da dor, foi o momento que mais ganhei experiência na minha vida”, disse o jogador.
Volta por cima no X1
Após o período de reclusão, Deco voltou a jogar bola com os amigos e campos de várzea de Olinda. Em paralelo, também começou a trabalhar como ajudante de pedreiro para suprir as necessidades da família. Nesse cenário, o X1 surgiu no caminho.
“A oportunidade do X1 surgiu e eu não pensei duas vezes para abraçar com todas as minhas forças. Um amigo chamado Lipe me chamou para fazer um teste na equipe do Apostador da Sorte. De cara, passei. Os treinadores gostaram de mim. Mesmo cansado do trabalho, consegui entregar o meu melhor futebol”, comentou Deco.
“Depois, fui transferido para o time do Show de Gol. Lá, venci a Copa das Favelas, onde venci todos os jogos por goleada. Foi quando surgiu a proposta de uma equipe maior: a Bet 22”, completou.
Deco, agora, após o sofrimento, colhe os bons frutos que plantou. Com a profissão de jogador de X1, consegue ter uma vida muito melhor junto da família. E, sem dúvida nenhuma, tem a certeza que o caminho do bem, apesar de possíveis dificuldades, é sempre o melhor.
“Vivo outra vida. Completamente! Ganho um salário em dia, um valor muito bom, tenho alimentação, moro em um apartamento e ajudo a minha família. Minha filha nasceu há poucos meses. O X1 transformou tudo. Por meio da modalidade, consegui ter disciplina e me tornei uma pessoa melhor. Agradeço demais também aos meus amigos que estiveram do meu lado no ruim e no bom”, pontuou Deco.