Os jogos de 1×1 viraram uma febre em todo o Brasil. A modalidade começou sem altos investimentos na cidade do Recife, capital de Pernambuco, mas ganhou projeção nacional por meio das lentes do influenciador digital Ney Silva. Com a crescente, os grandes aportes começaram a surgir por meio das bancas de apostas. E, assim, melhores remunerações para os jogadores foram pagas. Isso sem contar com toda estrutura para treinos, fisioterapia, atendimento médico, academia, nutrição, dentista e até plano de saúde.
Uma grande parte dos jogadores surgiram nos campos de várzea. Quase todos com o sonho de virar profissional no futebol. No X1, eles encontraram um caminho alternativo para a conquista de um alto salário e ainda uma fama parecida com a obtida pelos atletas no gramado.
Nos jogos de Desafio 1×1, alguns com aposta de até R$ 500 mil (metade de cada investidor), 10% do valor fica com o jogador. Valor esse que pode ser interpretado como pequeno, mas é alto para a realidade que viviam os atletas antes do surgimento da modalidade. Como, por exemplo, o caso do Professor Marivanio.
Com graduação e mestrado em Educação Física pela Universidade Federal de Pernambuco, Professor Marivanio largou a carreira acadêmica para se dedicar exclusivamente ao 1×1. Ele iniciou na modalidade chamando atenção com vitórias e títulos no X1 pela equipe da Major Sports, mas, agora, foi contratado e defende o time do Desafio 1×1.
Outro exemplo de mudança de vida por meio do X1 é o experiente e pioneiro Daniel Coringa, do time da Betesporte. Cria dos bairros do Ibura e Ipsep, na Zona Sul da cidade do Recife, ele atingiu um patamar inédito na vida após fechar com a equipe atual.
Daniel Coringa tentou o sucesso na carreira de jogador de futebol profissional, passou por clubes por pequenos clubes de Pernambuco e São Paulo, mas não conseguiu entrar no seleto número de atletas – pouco mais de 1% – que consegue obter as cifras milionárias. Após o sucesso no 1×1, chegou a ser contratado pelo time de Fut7 do Grêmio, antes de receber a oferta tentadora da Betesporte.
“Já joguei vários anos como jogador de futebol profissional e nunca ganhei o que faturo atualmente”, afirmou Daniel Coringa, recentemente nas redes sociais. Ele já revelou também que chegou a faturar R$ 14 mil por semana no total, contando com a publicidade que faz no perfil pessoal no Instagram.
O X1 é uma modalidade nova no mundo esportivo e que cresce cada vez mais com o passar do tempo. Em todo país, já é uma realidade e está começando a cruzar fronteiras. Além disso, surge como um grande caminho para projetar talentos que antes poderiam ficar esquecidos na dura realidade do futebol profissional.